Diante da desnecessária exposição dos fatos envolvendo servidores policiais da Bahia, cuja disseminação foi dada de maneira acusatória e imprudente, contra o Delegado Titular da Delegacia Territorial de Iaçu/Ba, sem a devida apuração dos fatos e sem a observância aos princípios e dispositivos legais que regem os servidores públicos, o  Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia vem a público reafirmar que sempre defendeu a união entre as categorias e essa caminhada tem sido feita com respeito e deferência pelos delegados a todos os demais servidores integrantes do quadro funcional da Policia Civil e às suas respectivas lideranças sindicais. Caminhada difícil e que exige dos líderes temperança e equilíbrio.

Ademais por que de parte a parte existem mazelas do serviço e dos servidores públicos que devem ser corrigidas com diálogo e sensatez para que não seja prejudicada a sociedade para quem dirigimos nossa força de trabalho e energia. Os delegados não se furtarão em exigir também respeito e cumprimento das obrigações e atribuições delineadas na Lei Orgânica (LOPC) para todos os servidores.

Os fatos narrados pelo Delegado de  Polícia titular da DT de Iaçu em ocorrência enviada ao Coordenador Regional de Itaberaba diferem do quanto veiculado até então pelo Sindpoc em defesa da Escrivã de Polícia, portanto, merece o assunto uma cuidadosa análise do órgão de correição da Polícia Civil a quem incumbe investigar e apurar fatos desta natureza. Os delegados e sua entidade de classe se manterão firmes em defesa da verdade e do cumprimento dos princípios insertos em nossa LOPC como a hierarquia e disciplina, bem como das atribuições inerentes aos cargos.

A acusação de crime de assedio é gravíssima e deve ser denunciada com lastro em provas concretas e dirigidas aos órgãos de incumbidos legalmente de recebê-las e não difundidas de forma a obter ganhos transitórios e insubsistentes. Denúncias infundadas com objetivos políticos, não edifica a causa de fortalecimento da instituição abraçada há quase quatro anos por todas as entidades representativas das classes policiais em nosso estado. Ao contrario repete o discurso já conhecido na base e que nos desviou do que verdadeiramente importa para todos, a construção de uma instituição forte e respeitada, onde todos os seus servidores tem importância e papel de relevância no âmbito da investigação criminal.

Há um contrassenso no discurso do Sindpoc ao pregar, equivocadamente, dissenso entre aqueles que tem o dever de zelar pela unidade de seus liderados, até porque tem consciência que os inimigos da Policia Civil são outros. Adentrar unidades policiais em grupo para admoestar delegado de polícia no exercício de sua atividade é inadmissível. A ADPEB jamais dará azo a comportamento semelhante e de natureza aviltante, posto que defende, antes de tudo, unidade interna como bandeira de luta. O tempo de atividade policial não diminui ou não nos exime da obrigação de tratar a todos e de ser tratado com respeito, independente das funções e dos cargos ocupados.

A ADPEB atuará em todas as instâncias jurídicas e administrativas em defesa do delegado Ítalo Bruno, titular da delegacia de Iaçu garantindo ao filiado o direito à ampla defesa e contraditório, frente aos órgãos correcionais, bem como impedindo a mácula à sua idoneidade moral. Frise-se que a ADPEB/Sindicato não compactua com qualquer tipo de assédio moral ou abuso de autoridade, sendo o combate a essas condutas e a defesa dos direitos dos servidores da Polícia Civil o nosso principal pilar.